domingo, 31 de agosto de 2014

J.

Eu sou o J., nasci em Arvorezinha. Lá a minha mãe quase morreu no bar.
Eu e meus irmãos aprontávamos muito, adorámos tirar leite da vaca, também gostava de plantar alface.
O meu sonho sempre foi  ficar no campo. Nós adorávamos fazer bolinho de chuva e também risoto no disco. Lá no campo eu tocava viola. Eu tinha dois cachorros. Era muito bom de correr naquele lugar.
O meu pai e a minha mãe brigavam demais, eu chorava muito, ficava com medo, então me escondia embaixo da cama.
Uma vez meu pai comprou cinco patos e três galinhas, nós adorávamos correr atrás, dos patos. Um dia a gente foi pesca na casa do meu avô, eu pesquei um peixinho pequeno. Dias depois    meu avó comprou um cavalo e eu andava  bastante com ele.
Quando fomos para cidade meu avô vendeu o cavalo e eu fiquei muito triste. Teve um dia que eu vi uns homens levando os meus animais.
Quando viemos para a cidade mudou tudo, aqui nós não podíamos brincar de casinha, aqui não dá para criar porco...
Um fato marcante para mim aconteceu em um dia em que eu pena tinha me levantado, daí lembro que o dono da fazenda mandou nós irmos embora, eu fiquei muito triste e comecei a chorar. Até hoje quando eu falo da fazenda, meu pai chora. Ele e minha mãe me dão conselhos, meu pai diz que um dia eu vou conseguir voltar para lá, e eu digo para ele que nós vamos conseguir a nossa fazenda.
A nossa família está feliz aqui, nós brincamos bastante mas não temos bichos como nós tínhamos. Meus cachorros são de raça, não mordem pessoas conhecidas. Lá na fazenda eu tinha 5 cachorros, agora tenho só dois, eles são meus amigos de verdade, moram no meu coração.
Meu coração é dividido, uma parte para os cachorros, outra para meus pais, a principal é para Deus que morreu para nos salvar e a última parte não posso falar. Só sei que minha família está em primeiro lugar, pois sem eles eu não estaria aqui, a gente se ama. Há minha casa também é importante para mim, pois sem ela poderia estar na rua, mas não, hoje estou aqui feliz, contando a vocês a minha história, e posso garantir que nada é mentira, é tudo a mais pra verdade.

Enfim, um dia ainda quero voltar para onde nasci e onde quero morrer.                                                   

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