segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

C.

Oi! Meu nome é C., nasci no dia 14.04.2001 no Hospital Manuel Francisco Guerreiro... Bom, vou contar para vocês um pouco da minha vida.
Não lembro muito bem da minha infância, então vou contar o que lembro e o que fiquei sabendo que aconteceu.
Quando eu nasci, já tinha 3 irmãos, sendo uma menina, a V. e 2 meninos o A. e G. ... O G. era meu irmão, da V. e do A. só por parte de mãe, mais pra frente vocês vão entender melhor isso!
Meu irmão A. me contou que quando minha mãe chegou do hospital comigo, a minha irmã V. começou a chorar, dizia que eu era um menino, então ela pedia para minha Mãe C. me trocar por uma menina, porque ela queria uma irmãzinha e não um irmãozinho. Mas daí não sei bem o que eu fiz, e ela percebeu que eu era menina e tudo ficou bem.
Com 6 anos minha mãe brigou com meu pai e eles se divorciaram, daí meu pai disse que minha mãe, eu, e os meus irmãos não poderíamos ficar morando lá, ele inventou muita coisa... Disse que o advogado dele garantiu que era direito dele, minha mãe nem perguntou para a advogada dela se isso era verdade, ela foi logo procurar uma casa para a gente se morar.
Como minha mãe não achou nem uma casa em Guaporé, ai minhas tias de Nova Alvorada disseram que lá tinha uma casa para alugar, então minha mãe foi ver e deu certo, nos mudamos para lá, mas o A. não foi junto porque ele não queria sair da firma em que estava trabalhando, então ele ficou morando com meu pai.
Depois de uns meses lá minha tia M. que morava aqui em Guaporé ligou e disse que meu pai tinha enchido a casa de papéis de ALUGA-SE, então minha mãe disse que iria vir para Guaporé para ver se era verdade, e quando chegou aqui viu que era mesmo. Nesse momento minha mãe falou com a advogada e acabamos voltando para cá.
Com 7 anos de idade comecei a estudar na E.M.E.F Alexandre Bacchi, no Pré, lá fiz várias amigas legais como a K., a J., a B., a S., a A., e a I., entre outras.
 Sempre gostei muito de ir á escola, gosto muito de aprender coisas novas. Eu me lembro, que várias vezes eu ia até a parada esperar o ônibus e esquecia a mochila e meu irmão G. ia correndo buscar para mim... Hehehehe.
Em 2008 eu passei para o 1°ano, então foi quando ganhei de Aluno Ouro, eu fiquei muito feliz e foi bem legal. No dia em que íamos para Serafina Cprrêa na Credeal receber o prêmio, minha mãe, minha irmã e eu quase perdemos o ônibus que tínhamos que pegar na frente da escola.
2009 estava sendo um ótimo ano também, na escola estava tudo bem e as notas muito boas... Mas fora a escola as coisas não estavam tão bem, todos finais de semana eu tinha que viajar com minha mãe para Marau, na casa do “namorado” dela, vocês lembram aquele meu irmão só por parte de mãe que eu falei no começo, o G.?! Então, o pai dele era o namorado da minha mãe! Mas voltando ao assunto de viajar para Marau... Até que no começo era divertido. Lá tinha uma vizinha que tinha uma filha da minha idade que se chamava C., nós duas viramos amigas e todos finais de semana nós brincávamos juntas, até que um dia ela se mudou, então eu não queria mais ir pra lá, mas minha mãe sempre me fazia ir, lá eu não tinha o que fazer, ficava muito chateada por minha mãe me obrigar a ir junto!
Em dezembro de 2009 fomos viajar para Nova Alvorada visitar nossos parentes, fomos meu padrasto, minha mãe, minha irmã V, meu irmão G., e eu. No início estava tudo indo bem, mas o que eu não esperava era fosse acabar tão cedo.
Não sei muito bem o que aconteceu, eu tinha 8 anos de idade e não lembro de quase nada, mas lembro que meu padrasto e minha mãe estavam discutindo, não sei porque motivo? Não lembro! Ai meu irmão G. foi defender minha mãe e o pai dele seu um soco nele, acho que no olho, daí meu irmão ficou mais bravo do que já estava, então ele sumiu e ninguém mais sabia onde ele estava. Ele tinha ido chamar a policia.O G. é muito bravo, quando ele se irrita é melhor sair de perto.
 Então a polícia chegou, o G. tinha chamado. Eles foram procurar meu padrasto, ele tinha se escondido no mato. Todos estavam procurando por ele, enquanto isso eu e a minha prima L. ficamos sozinhas na casa da tia D. (mãe dela), nós trancamos a porta, estávamos com muito medo, era de noite e como era na colônia, estava muito escuro, muito mesmo. Lembro que ouvimos passos lá fora e ao invés de ficarmos calmas ficamos com mais medo. Quando bateram na porta nos tranquilizamos, era nossas irmãs que tinham voltado. Elas disseram que minha mãe tinha contornado a situação, tinha mandado a polícia embora,disse que não precisava mais procurar ele.
Pouco depois meu padrasto voltou, ele se desculpou pelo que ele tinha feito (ele também era muito irritado), disse que na hora tinha agido sem pensar. Enfim, parecia que tudo tinha voltado ao normal, estávamos todos na casa da minha tia D., minha mãe C., meu padrasto C., minha irmã V., meu irmão G., minhas primas L. e M., meu tio I. e eu, quando meu primo E. chutou a porta e começou a gritar pedindo quem tinha chamado a polícia, sem pensar em nada a L. disse que tinha sido o G., daí piorou tudo, o E. começou a gritar mais alto, ele dizia que iria matar meu irmão por ter chamado a polícia, dizia que ele não devia ter feito o que fez...
Na verdadeiro motivo do E. estar tão bravo é porque ele escondia drogas e armas na casa dele e a polícia estava querendo revistar! Enfim, voltando onde parei... Então o meu padrasto, ou seja, pai do G. quis defendê-lo e empurrou o E. para fora, eles começaram a brigar, era soco para todos os lados. Quando o E. viu que no braço ele era mais fraco que o C., ele disse que ia buscar uma arma, e saiu correndo, então novamente meu padrasto correu para o mato se esconder.
Pouco tempo depois o E. voltou com uma coisa na mão, não dava para ver muito bem, mas não parecia uma arma, assim, novamente sem pensar a L. que estava na porta com minha irmã V. gritou que ele não tem nada, então o C. acreditou e saiu do mato com uma pedaço de pau na mão, ele meio que acertou o E. com aquilo, quando o E. caiu ele acertou a barriga do C. com uma faca, não exatamente na barriga, um pouco do lado.
 Na hora o C. não sentiu, ele ainda deu a volta na casa correndo atrás do E.,então ele quando chegou na frente da casa ele caiu e o E. foi correndo para casa. Meu irmão saiu para fora e levou o pai dele para dentro, o colocou sentado no sofá, o chão estava cheio de sangue. Quando ergueram a blusa dele estava saindo as tripas da barriga dele, minha mãe estava chorando muito.
Pouco depois o E. apareceu de carro lá fora dizendo que levaria o C. ao hospital, afinal era o padrinho dele, minha mãe aceitou, era a única opção que ela tinha. Ela quis ir junto com eles, o pai do E. também estava no carro, mas ele não conseguiu chegar vivo até o hospital.
Na manhã seguinte do acontecido, minha mãe chegou e contou para nós que enquanto estavam indo para o hospital o E. e o pai dele ficavam falando o tempo todo para ela não contar a ninguém o que tinha acontecido, diziam que ninguém podia saber a verdade.
Naquela tarde teve o enterro dele. Mina mãe chorou muito, eu fiquei do lado dela dando maior apoio, dizia “Mãe não chora”, pois ver ela chorar me deixava muito triste.
Depois do que aconteceu naquela noite, eles nos seguraram lá por uma semana, e queriam nos convencer a mentir para os policiais e a para todos. Eles queriam que a gente dissesse que o C. estava sentado em um banco descascando limões e a cadeira resvalou e ele caiu em cima da faca. Eles disseram que se minha mãe não falasse isso, poderia acontecer com ela o mesmo que aconteceu com o C., ou ainda pior. Enfim, concordamos, voltamos para Guaporé, mas o pesadelo ainda não tinha acabado.
Tivemos que ir muitas vezes ao fórum, uma das vezes estávamos todos lá e os de Nova Alvorada também, minha mãe mentiu lá dentro daquela sala, mas quando foi a vez da minha irmã, ela ficou completamente muda, daí retiraram o E. da sala e mandaram ela falar o que sabia, então ela falou a verdade. Quando chegou a minha vez, eu também falei a verdade!
Teve outra audiência em outra cidade, não lembro o nome, fomos e então lá ele foi preso. Ele falou que quando saísse da prisão ia matar quem mais machucasse minha mãe! Não sei quantos anos ele pegou de prisão, mas espero que ele não saia nunca. Até hoje não sei como descobriram que foi ele, pois antes de falarmos a verdade já desconfiavam dele.
Meses depois minha mãe começou a sair muito, ia para baladas, para a praça, para bares, e eu estava meio esquecida. Ela começou a beber, saia todas as sextas-feiras, sábado e às vezes no domingo também. Eu ficava cuidando da filha da minha prima, ela saia com a minha mãe. Não gostava nem um pouco daquilo, mas nunca falava nada para ninguém. Eu nunca consegui expressar muito bem meus sentimentos, até porque não tinha ninguém ali para me ouvir.
Na maioria das vezes saia a minha mãe, minha irmã, a amiga dela J. e minha prima J., tinha vezes que iam mais meninas, como a minha outra prima P. e a amiga dela a C.!
O que eu mais odiava não era minha mãe beber, nem sair, era eu ter que cuidar da L., aquilo era insuportável! Eu acho que ela tinha uns 4 ou 5 anos de idade, mas era chata de mais. Um dia resolvi reclamar para minha mãe, mas ela estava bêbada, então ela pegou uma cartela de comprimidos, não sei que tipo, e disse que se eu não cuidasse da L., ela ia tomar todos. Fiquei muito chateada com minha mãe pois era injusto fazer aquilo comigo, afinal eu tinha 9 anos e ela estava usando um tipo de “Chantagem Emocional”, eu não sabia nem cuidar de mim direito quem dera da L..
Uma vez a L. pulou e mim cima e começou a me dar socos, tapas e chutes, eu não podia bater nela então só empurrei ela para a cama e disse para ela parar e me deixar em paz, daí ela começou a chorar. Na manhã seguinte ela disse para minha mãe que eu tinha batido nela, daí minha mãe me xingou. Um xingão pode não parecer grande coisa, mas eu era muito sensível, então eu me escondi para chorar. Na maioria das vezes eu ia chorar em baixo da casa, pois ninguém me procuraria lá!
Tudo estava indo de péssimo a pior, daí chegou 2011 e eu pensei que fosse as coisas iam melhorar, no entanto eu estava enganada, piorou de vez!
No mês de dezembro, minha amiga E. foi dormir na minha casa, então a gente queria assistir TV resolvemos por o colchão na sala. Minha mãe, minha irmã e a amiga dela J. estavam se arrumando para sair, eu e a E. ficamos assistindo na sala e elas foram. Sempre que elas saiam, a gente vestia as roupas delas. Era muito divertido, na verdade depois de conhecer a E. minha vida até que melhorou um pouco!
Horas depois minha irmã voltou sozinha disse que minha mãe tinha brigado com ela, então ela foi deitar. Logo em seguida minha mãe apareceu, com a J.,convidaram minha irmã para ir para Marau com um cara que elas tinham conhecido, mas a minha irmã não quis. A J. insistiu e disse que o homem era cheio de dinheiro, mas minha irmã não foi! Minha mãe e a J. deram um beijo na bochecha da E. e na minha, disseram que iam ficar bem e foram, mesmo eu chorando, pedindo para elas não irem, elas foram. Eu estava com um mal pressentimento.
Na manhã seguinte, levantamos e todos ficamos preocupados pois elas não haviam voltado ainda. Minha vizinha disse ter ouvido falar sobre um acidente e que tinha o nome da minha mãe envolvido, choramos muito, eu tentava não pensar no pior, mas não adiantou, tinha acontecido a pior coisa do mundo!
 á ela.
Então começou a correria, o velório seria ao anoitecer, ligamos para os parentes, meu irmão teve que ir até Passo Fundo reconhecer o corpo, imagino que deve ter sido terrível. Quando ele voltou, ele me deu em um potinho com colar que ela estava usando naquela noite, tenho ele guardado até hoje!
 O tempo foi passando, a dor diminuindo, mas no fundo ainda dói muito, tem pessoas que não imaginam o quanto dói e ficam falando besteiras, se elas soubessem o quanto é difícil não agiriam assim!
 Agora tenho 13 anos de idade, estou no 7°ano e espero passar para o 8°. Esse ano estou um pouco distraída na escola mas ainda sou estudiosa, inteligente, dedicada, caprichosa. Sou meio tímida às vezes, sou bastante envergonhada e gosto de aprender coisas novas, gosto de desafios, amo tirar fotos, amo minhas amigas e no momento não estou interessada em nenhum menino.
 Atualmente estou morando com meu irmão A. e minha irmã V., briguei com o meu irmão G., faz 2 meses que não falo com ele, tenho um sobrinho de 2 anos, ele é filho do G. e da S.
Minhas matérias preferidas são História e Inglês, não sou puxa saco! Tenho amigas incríveis, verdadeiras, amo muito elas: V., K., J., S., R.,M., S., E., E., T....
Sou apaixonada por animais de qualquer tipo. Tenho 1 gato, o nome dele é Garfield, ele tem 1 ano e 4 meses e é muito lindo. Minha irmã tem 2 gatas, a Aghata de 2 anos e 7 meses e a Crystal de 10 meses, elas são muito fofas. Nás também temos um cachorro chamado Toddy que deve ter uns 8 anos já, muito lindo!
Ainda não pensei no que quero ser quando crescer, mas se for algo relacionado a animais já está valendo!
Deixei um assunto para o final, mas nem por isso esse assunto deixar de ser importante: A viagem ao Parque Das Águas ano passado, foi super legal!!!!! Me diverti e me bronzeei muito. Fiquei feliz por ter sido contemplada, espero ser de novo.
 Acho que só tenho isso a dizer, tão legal que fiquei sem palavras. Heeee! Beijos!
Espero Que Não Tenham Ficados Entediados Com Essa História Enorme.


A.

Meu  nome é  A., tenho 12 anos.
Tudo começou quando eu nasci, dia 05/08/2001, com 4k 260g e 48 cm.  Nasci hospital de Guaporé, nasci com muita saúde.
Quando completei 1 ano já era uma menina legal, já falava algumas palavrinhas. Com 2 anos gostava de empilhar as coisas. Nunca tive a oportunidade de ir para a creche, por que minha mãe estava grávida, esperando a minha irmã mais nova.
Lembro que na infância, minha mãe ia para o mato buscar lenha com as amigas, eu e minha irmã ficávamos chorando porque nós queríamos  um cachorro, daí minha mãe dava um pacote de bolacha mas mesmo assim nós chorávamos muito, mas a minha mãe sempre deu um jeito de cuidar de nós.
Os  anos se passavam e quando eu estava com 7 anos, fiquei doente,  fui até parar no hospital. Nessa época meu irmão ainda morava conosco, então lembro que quando voltei para casa, todos os dias, quando ele chegava do serviço, ele me levava atrás da nossa casa, lá tinha  um pintinho, então o mano contava historinhas para me acalmar, mas eu seguia chorando muito.
 Minha maior alegria foi quando ganhei uma boneca da minha tia, neste mesmo dia aconteceu uma coisa ruim, me queimei em cima do fogão, tenho a marca da queimadura até hoje.

Atualmente estou com 12 anos, estou no 7° ano e quero chegar ao 3° ano do ensino médio, sou muito legal e estudiosa. Procuro sempre atingir minha capacidade máxima, quero ser cada vez melhor, pretendo no futuro trabalhar para pagar minha faculdade.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

PASSEIO COM OS ESCRITORES DA VIDA DE 2014

Está aí então amigos o resultado do nosso passeio! Foi tudo maravilhoso e perfeito! Vivenciamos momentos de muita harmonia, amizade e diversão. 

Obrigada à todos que colaboraram para a realização da viagem! 
Em especial as professoras que nos acompanharam e os alunos que fizeram muito bonito. Parabéns!
  
Um abraço forte à todos! Ano que vem tem mais!

Profe Cíntia