quinta-feira, 24 de julho de 2014

B.

  Meu nome é B., vou contar a minha história.
Nasci dia 09 de abril de 2002 em Sapiranga. Meu pai e minha mãe se separaram quando eu tinha um ano e oito meses, minha mãe estava esperando a minha irmã e ele foi embora.
Minha mãe conta que ele levou tudo que tínhamos dentro de casa, ela tinha ido me levar no médico e ele foi deixando apenas a cama, pois sabia que ela não poderia dormir no chão comigo.
Então minha mãe veio para Guaporé, aqui ela teve que se virar, começou a trabalhar para sustentar nós, assim eu cresci sem saber o que é o amor de pai.
Minha mãe sempre falou a verdade para nós, meu pai nunca nem se quer ligou, mas ela sempre nos deu amor de pai e de mãe, ela nos dá tudo que precisamos, principalmente educação e amor, sem isso não somos ninguém.
No fundo sou uma pré-adolescente carente, parece que me falta algo e esse algo é o amor de pai. Meu padrasto conversa e brinca com nós, mas não é a mesma coisa.
Eu cheguei a conviver um pouco com meu pai e a cada aniversário que passa eu fico pensando que ele nunca me ligou sequer para me dar os parabéns, mas mesmo assim vou levando a minha vida.
Isso foi um pouco da minha história e da minha vida.
 



Y.

Oi! Meu nome é Y., tenho 13 anos, sou filho de P. e R., tenho dois irmãos, moramos todos juntos.
Tive uma infância muito triste, meu pai era drogado, roubava para sustentar o vício, pegava até as minhas coisas para vender. Minha mãe sofria, chorava muito, eu também sofria, eu era o filho mais velho, assim meus irmãos não compreendiam nada do que se passava.
Eu e minha mãe sempre íamos atrás do meu pai, um dia encontramos ele saindo do bar, daí ele tentou fugir e eu, sem querer acabei derrubando ele, mas acabou tudo bem, conseguimos que ele fosse para casa.
No dia seguinte meu pai fugiu de novo, daí meu tio veio para cá e foi atrás dele, encontrou ele e trouxe para casa, conversou, xingou...
Meu pai foi internado várias vezes e fugiu, teve uma vez que ele ficou um mês e fugiu, nunca resolveu nada.
Até que um dia meu pai pediu R$20,00 para um homem para pegar droga, ele ficou de pagar no dia seguinte, mas não pagou, então o homem surrou ele. Daí meu tio veio para cá e viu meu pai todo arrebentado, ele pegou o carro colocou vários homens dentro e foi atrás do cara que tinha batido no meu pai, mas quando ele estava indo cruzou a polícia e desistiu. Foi nesta vez que meu tio convenceu meu pai a se internar de novo.
Ele ficou internado dois anos, a gente ia visitar ele a cada 15 dias, era sempre muito emocionante, ele sempre prometia que nunca mais ia usar drogas.
Agora ele se curou, está trabalhando e ganhando bem, tem um carro bom, estamos muito felizes e espero que assim a gente fique.
Para o meu futuro espero que meus pais ainda estejam vivos para eu poder sustentar eles, também quero ter uma família bem feliz.

R.

Minha história começou no dia 02/10/2000. Meu nome é R. F. Z.
Quando eu nasci eu era feliz, então fui crescendo, meu pai bebia, ele dizia que era bom e brigava com minha mãe. Com o tempo ele foi parando de beber.
Ele também fumava cigarro, lembro que ele me fazia ir nos bares comprar, até quando estava chovendo. Até que certo dia ele chegou em casa e disse que ia parar de fumar, então ele parou, assim ele começou a gastar o dinheiro dele, investiu em um carro.
Aos 06 anos eu fui para a escola Alexandre Bacchi, ali fiz novos amigos como o Natanael da Silva e o Wellington Dutra. Aos 11 anos meu irmão se meteu em uma briga e acabou cortando a mão direita, assim ele não escreve mais e não faz nada com ela.
Minha mãe sofreu um infarto, eu tenho muito medo de perdê-la, mas acho que o o pior já passou.
Atualmente moro com meu pai e minha mãe na Vila Verde 1.
Neste ano, tenho professoras ótimas, todas são legais e isso é um pouco da minha história de vida.