domingo, 10 de agosto de 2014

E.



Meu nome é E., sou natural de Guaporé e vou contar a minha história.
Quando minha mãe conheceu meu pai, ela tinha 21 anos e ele 20, eles se gostavam, ficaram um tempo juntos, aí minha mãe engravidou, lá estava eu. Quando minha mãe foi contar para meu pai a notícia, ele ficou sem reação. Quando eu nasci ele não me registrou, até hoje na minha certidão de nascimento só há o registro da minha mãe.
 Depois que eu nasci, minha mãe ficou  um tempo em Guaporé, depois se mudou para Serafina Corrêa, e me deixou com minha avó. Ela só se mudou para Serafina Corrêa porque ela tinha arrumado um emprego na Perdigão e lá ela ganhava bem, assim nos finais de semana eu ia na casa dela visitá-la, ou ela vinha me visitar.
Quando eu tinha 4 anos minha mãe conheceu um homem, ele se tornou pai do meu irmão, ela morou com ele por alguns anos até que ele se meteu em drogas, ele usava drogas escondido da minha mãe.
O tempo passou e meu padrasto foi em uma boate e conheceu uma mulher lá.  Então um certo dia de manhã minha mãe e meu irmão vieram para Guaporé, quando vimos chegou uma van na frente da casa da minha avó, era o pai do meu irmão e a mulher que ele encontrou na boate, ele pegou o meu irmão e saiu, minha mãe foi para o jardim. No dia seguinte rolou um monte de coisa lá no tribunal, minha mãe pegou uma advogada, por que inventaram um monte de coisas dela. Assim, o juiz decidiu que ele ficava uma semana com cada um.
 Quando meu irmão completou 8 anos a madrasta dele só maltratava ele, chamava ele de retardado, chegou a bate na cara dele, até que o pai dele descobriu e mandou ela embora, mas ele disse que não ficava longe do outro filho dele com aquela mulher, assim ele deu a guarda do meu irmão para minha mãe.
Com o tempo, pra ficar perto de mim e do meu irmão, minha mãe comprou 2 casas aqui em Guaporé. Hoje em dia a gente está bem, minha mãe se tornou uma cabelereira  e construiu uma loja de Móveis, vencemos, graças a Deus.

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